terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A SEXUALIDADE É OPCIONAL?

Se antes Orlandinho (Iran Malfitano) só tinha olhos para Halley (Cauã Reymond), agora, o rapaz se tornou um marido amantíssimo, em “A favorita”. Apaixonado por Céu (Deborah Secco), ele está o próprio “bofe”. E é justamente essa mudança que não está agradando ao público gay.

Para o presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, o assunto não está sendo tratado com seriedade.

— A orientação sexual é uma coisa muito séria. É frustrante ver um personagem que caminhava tão bem, mudar de uma forma tão abrupta. Isso nos decepciona, faz parecer um pouco de deboche. Se ele se descobrisse bissexual seria mais crível — dispara Marcelo.

O mesmo acredita Loren Alexander, presidente do Movimento de Gays, Travestis e Transformistas (MGTT), de Madureira.

— O personagem fez a sua opção sexual, mostrou um carinho por uma pessoa do mesmo sexo. Essa mudança pode até dar munição para aqueles que acreditam que homossexualidade é doença e que a cura está na relação hétero — analisa Loren.

Iran Malfitano defende o personagem:

— Na verdade, Orlandinho nunca teve uma experiência gay. Ele nem sabe, de fato, se esse é o caminho para sua felicidade. Buscou na homossexualidade o que nunca achou numa relação hétero. Só que, sem querer, encontrou em Céu tudo o que ele queria: companheirismo, respeito, carinho... — diz o ator.

O socialite Bruno Chateaubriand, gay assumido, sintetiza:

— Se Flora (Patricia Pillar) pode matar um por dia, por que Orlandinho não pode se apaixonar por uma mulher? É novela, gente!

(Fonte:Extra.globo.com)

Um comentário:

Anônimo disse...

É, tenho que concordar. Infelizmente o Orlandinho mostra os gays como os héteros acreditam que somos. Muito infeliz o rumo que ele (personagem) tomou.
E sobre a opiniao inteligente do "socialite", a Flora terá uma lição no fim da novela como todo vilão tem. Esse é o papel dos malvados nas tramas, mostrar que o bem sempre prevalece. Mas e o Orlandinho? Que mensagem deixa? Positiva, nenhuma.